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Anjo-Selvagem. Sou sorrisos, abraços, sou chocolate, chatilly, sou música, cinema, sou paz, amor, sou escrever, sou sonhar, imaginar, sou sol, mar, sou melhor amiga, sou teimosia, preguic,a, indecisao~, sou Algarve, capuccino. Sou eu, sou nós. "E o que importa não é o que tu tens na vida, mas quem tens na vida".WilliamShakespear

domingo, 21 de fevereiro de 2010

it's all about fear


“O maior inimigo de um amor pleno é o medo. O medo de não ser suficientemente amado, de não amar o suficiente, de não sermos a pessoa que pensamos que o outro quer e merece, o medo da responsabilidade, da rotina, do compromisso, o medo de falhar, de se deixar ir, de amar e de se deixar amar. Mas há outro grande inimigo do amor: o orgulho. Quantas vezes não perdemos quem amamos por teimosia, mania, obsessão por argumentos racionais e orgulho ferido? O Orgulho ferido num homem é das maleitas mais difíceis de curar; por mais que ele ame uma mulher, se ela lhe abana o orgulho, vira-se o barco e vai tudo ao fundo. E fazer tremer o orgulho de um homem é mais fácil do que parece. A Insegurança é irmã do orgulho. A Natureza ensinou-nos que a maior parte das espécies animais só ataca sob duas condições: quando tem fome ou quando tem medo. E lá voltamos outra vez ao cume da questão: o medo está na base das inseguranças, que geram atitudes orgulhosas de defesa, as quais podem revelar-se em gestos de ataque. Um caso clássico é o do homem que, ao ser rejeitado por uma mulher, trata imediatamente de arranjar outra. Há muitas mulheres que fazem o mesmo, mas não exactamente pelas mesmas razões. Quando uma mulher é rejeitada por um homem e arranja outro, fá-lo para chamar a atenção, como quem diz: ‘Estou aqui, vem cá buscar-me, no fundo é de ti que eu gosto, és tu quem eu quero e de quem preciso ao meu lado’. Quando um homem sob as mesmas circunstâncias arranja outra mulher, está a passar a mensagem ‘o mundo está cheio de mulheres e portanto não preciso de ti para nada’. Mas enfim, há que manter a pose de “MAIOR”. Ditam-lhe ao ouvido que não pode voltar atrás, porque isso não representa o triunfo do amor, mas uma derrota pessoal, impensável de superar. Já as mulheres são infinitamente menos orgulhosas, pois para uma mulher voltar atrás não é uma derrota, mas sim uma prova de amor. Conseguimos atirar para trás das costas ou passar uma esponja pelas patifarias ou passos em falso, em nome de valores mais elevados. E quando uma mulher já não consegue perdoar um homem é porque ele já gastou todos os “créditos” e ela já não consegue ter por ele nenhuma espécie respeito. É quando já não esperamos nada das pessoas que elas morrem no nosso coração. Com os homens não é assim: podemos viver no coração deles para sempre, ainda que mostrem ao mundo que já não nos amam. O orgulho fala mais alto, o preconceito da rejeição acaba por prevalecer no coração, têm medo, sobretudo medo de serem rejeitados outra vez.”

Margarida Rebelo Pinto

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